terça-feira, 21 de julho de 2009

"Dogen Zenji (um grande mestre Zen) podia atravessar todos os tipos de condições e permanecer incólume porque não lhes acrescentava nada. (...) O lodo não era mau nem o sujava. Era apenas lodo. Pouco tempo depois de ter passado pelo lodo, no decorrer da sua caminhada, surgia um campo de relva para ele atravessar. Quando aparecia a relva, nas suas caminhadas, isso não era o paraíso, era apenas relva (...). A maior parte de nós não é capaz de caminhar desta forma sobre as condições e os acontecimentos da vida. Continuamos sempre a tentar transformar o lodo em água cristalina. Quando encontramos um prado cheio de relva, tentamos mantê-lo verde mesmo quando estamos perante uma geada no Inverno. (...) Mas o que é que nós podemos realmente controlar? ... o lodo é apenas lodo. Ele não está lá para nos humilhar, perturbar ou deter. Aceitemo-lo nas nossas caminhadas, atravessemo-lo e, simplesmente, continuemos o nosso percurso."
in ZEn e a arte de Amar

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